quarta-feira, 7 de abril de 2010

e bateu uma paz....

Depois de alguns meses com muito medo (medo de eu morrer, medo do meu bebê morrer, medo do parto, sim...) tudo passou! Assim, de repente... Fiquei meses com a pergunta maldita ("E se o seu bebê morrer como você vai reagir?") martelando na minha cabeça. Era como uma desgraça anunciada. Eu sentia como se isso fosse acontecer mesmo, como se tivesse sido Deus que colocou essa frase infeliz na boca dessa pessoa para que eu desistisse. Ver as roupinhas do Francisco na gaveta era uma dor enorme, pois eu tinha a impressão de que nunca o veria usando. Isso foi um tormento que nunca tive coragem de escrever aqui. Parecia algo muito ruim para externar assim. Eu estava guardando só para mim. E como isso estava doendo. Como isso estava me atrapalhando.
Mas também, ô perguntinha besta, né? Mas tem gente que fala exatamente o que pensa e esquece de quem está ouvindo. Falar isso para uma grávida??? Eu jamais falaria para uma pessoa que está com o avô de 99 anos na UTI algo do tipo: "mas ele já está velho mesmo e vai morrer logo...". Eu posso até pensar, mas falar nunca! Pra que causar dor desnecessárea? E essa pessoa acabou causando muita dor em mim, mesmo sem ela nunca saber disso, mesmo sem ela nunca ter tido a intensão de causar essa dor (e sei que não teve mesmo. Ela foi triste na frase, só).

Mas eis que de repente tudo isso passou. Agora até consigo rir de tudo isso. Passou meu medo de morrer, medo do bebê morrer, medo do parto... Do parto eu tinha medo de acontecer o que ela falou: ruptura uterina e morte do bebê. Mas passou! Passou tudo isso! Estou tão tranquila, tão calma! Mesmo sabendo que minhas chances de um parto normal (normal e não natural...) são pequenas. Na verdade acho que 50% mesmo. Não me incomodo mais com isso. Eu fiz tudo o que podia. Falei com todos que eu queria. Não insisti com ninguém, não implorei. Eu não gostaria de ninguém insistindo ou implorando para mim, então não o fiz. Sei que fui até onde pude, sei que me iludi achando que seria mais fácil. Achei mesmo que as pessoas seriam mais receptivas ou mais perceptivas à minha vontade, ao meu desejo intenso de um parto natural. Meu sonho, meu desejo. Mas me iludi mesmo. Não sei se falei algo errado, algo que não devia. Não sei se minha cara de criança não convenceu... Mas enfim hoje estou bem com tudo isso, mesmo sem as respostas. Estou tranquila.

Optei por um hospital público onde as taxas de cesárea são baixas. Optei por mentir sim. Tenho uma cesárea só. Optei por enfrentar médicos negando ocitocina. Optei por arriscar pegar um bom plantão e ter a sorte de ter meu bebê rapidamente. Optei por arriscar ficar o máximo de tempo possível em casa, sozinha (com marido e filhos). Optei por acreditar que vou ter sorte de chegar ao hospital com uma boa dilatação, mesmo sem saber mesmo... Foram escolhas que fiz consiente. E tão consiente de que posso chegar ao hospital e ir para uma cesárea também. Sem ter tempo de falar nada, mas simplesmente pq o plantão está no fim, pq o médico quis assim ou sei lá o que! Mas isso não me incomoda mais, pois sei que fiz o meu máximo! Fiz mesmo! E stou feliz com isso! FEliz mesmo!

Nessa madrugada acordei com o Francisco me incomodando muito do meu lado esquerdo. Mudei de posição e continuei a dormir. Pela manhã percebi que ele estava com o dorso à esquerda! Depois de três semanas com o dorso à direita, sem querer mudar, ele mudou de lado! Que fofo! Agora bem que ele podia encaixar, né? Dar uma folguinha para meu estômago e pulmões hehehe

E as Braxtons estão ficando mais frequente e mais fortes! Ontem tinha até ritmo. Por mais de uma hora ficou a cada 8 minutos hehehe Aí meu fofinho vira de lado e o Henrique sonha que ele nascia hoje! heheheeh

E assim vamos!

38 semanas e 2 dias

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